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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O trote e a violência


O trote estudantil é uma tradição que consiste na prática de brincadeiras dos veteranos ( alunos antigos ) com os calouros ( recém-chegados ). O problema, é que essa " brincadeira " pode acabar em violência e em alguns casos, morte.

Na década de 80, o calouro Carlos Alberto de Souza, 20 anos, morreu de traumatismo cranioncefálico, resultante de agressões. Em 1990 o estudante de 23 anos, George Mattos, morreu de uma parada cardíaca, ao tentar fugir dos veteranos. No ano passado, o aluno Vitor V. M. de Souza, 22 anos, morreu afogado e, segundo suspeitas, ele foi obrigado a entrar na piscina, mesmo sem saber nadar.

Não é tão fácil de livrar do trote. Ao calouro que se recusa a participar das atividades, são impostas várias represálias: agressões, bullying (violência física ou psicológica com o objetivo de intimidar ou agredir um indivíduo ) e ser, em casos extremos, considerado "bixo eterno", que é o aluno que jamais alcançará o status de veterano.

Nos últimos anos, devido às mortes provocadas por trotes violentos, as instituições de ensino tentaram amenizar ou eliminar essas práticas criando o "trote solidário". Essa medida consiste nas atividades assistencialistas que coletam alimentos não-perecíveis e roupas , que são doadas para creches, asilos e orfanatos. Campanhas de doação de sangue também estão incluídas.

Alguns calouros para se prevenir do trote só começam a estudar após algumas semanas, prejudicando os estudos. É comum também a formação de salva-calouros, veteranos fiscais que controlam o nível dos trotes. De qualquer maneira, é melhor evitá-lo ou retirar-se, a qualquer custo, quando a atividade estiver prejudicando sua saúde física e/ou mental e, se necessário, comunicar a um responsável.


Por: Cindy Ferreira.

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