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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

1ª parte do conto .

Olá , hoje estou aqui para contar uma novidade: Vou postar aqui no blog um conto , a cada dia eu posto uma parte , o conto é muito bonito, espero que gostem .
LEMBREM-SE : comente para que eu continue postando !

Titúlo: Ele sabia amar .

Muito prazer!

   Oi, meu nome é Elizabeth e hoje eu tenho 15 anos. Eu estou com muito medo, muito medo mesmo. É tudo tão diferente onde estou agora. Tudo muito diferente de onde eu vim. Mas você não vai entender assim tão fácil, é melhor eu contar:
Eu tinha 3 anos quando eu ouvi meu pai abir a porta, gritar e batê-la dizendo que estava indo embora da minha casa pra nunca mais voltar. Ele tinha brigado com minha mãe e agora ele estava decidido a ir embora.
   Ele se foi e algum tempo depois minha mãe me disse que ele tinha virado uma estrelinha. Eu não sabia exatamente o que aquilo significava, mas me lembro de muitas noites olhar pro céu e ficar procurando pelo meu pai. Mesmo sem encontrá-lo no meio de tantas estrelas eu pedia pra ele voltar porque minha mãe sempre chorava, e eu imaginava que seria por saudade dele. Mas um dia eu descobri que quando as pessoas se “tornam estrelas” elas nunca mais voltam, e eu percebi que, assim como a minha mãe, eu também podia chorar por isso.
Eu cresci vendo minha mãe trabalhar muito pra nos sustentar. Eu era criança, mas já entendia que naquela época as mulheres ainda eram de certa maneira discriminadas.
   Minha mãe dizia que o dia 7 de abril de 1961 tinha sido o dia mais feliz da vida dela, foi o dia que eu nasci, mas agora eu ficava repensando se ela realmente era feliz por me ter. Ela não ria mais, ela não dizia que me amava, o sorriso dela tinha sumido.
 Ela limpava casas, lavava e passava roupas pra me dar o que comer. Mas as vezes todos os esforços eram inúteis, e mesmo que eu estivesse com fome, eu procurava não falar nada. Eu tentava ficar quieta pois eu sabia que se eu pedisse ela iria dizer que não tinha comida e iria pro seu quarto chorar. Eu estava cansada de ver a minha mãe daquele jeito, chorando tanto. Eu queria poder ajudar, mas eu tinha cinco anos e não tinha muita coisa que eu pudesse fazer.


Eu continuo postando amanhã ...
beijos :*

3 comentários: