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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

6ª parte do conto

por favor leitores(as), não se esqueçam de comentar pra eu saber se estão gostando.
vamos ao conto :

Tudo muda, tudo se transforma, enfim, parte 2.

    Era seis horas quando minha mãe veio me acordar. Ela tinha uma ternura na maneira com que falava comigo, embora não conseguisse esconder a tristeza e apreensão que estava sentindo com essa minha repentina mudança.
   - Bebê, levanta. Esta na hora.
   Levantei, peguei meu uniforme devidamente passado e engomado e vesti. Fui tomar café e tinha uma mesa linda me esperando. Era assim: ou você tinha muitas coisas, ou você não tinha nada. Me sentei e comecei a comer.
- Seu pai recusou a se levantar pra despedir de você, filho. – disse a minha mãe como uma tristeza inconfundível na voz.
   - Imaginei que isso aconteceria. Ele vai demorar entender minha decisão, mas uma hora acredito e espero que ele entenda.
    Ela abaixou a cabeça e fitou o prato durante um longo tempo. Eu sabia que estava deixando triste a pessoa que eu mais amava, mas era necessário.
   Ela me levou pra escola. Cheguei, desci do carro, pedi a benção dela, beijei-a no rosto e disse que a amava mais que tudo. Ela se emocionou e apenas me abraçou. Não tinha problema ela não ter respondido, eu sabia que ela diria o mesmo pra mim!

Tudo tão estranho!

   Eu entrei na escola, mas estava com um grande medo. Eu estava certa, as meninas já tinham suas companhias, suas turmas. Procurei alguém que parecia responsável o bastante pra perguntar o que eu deveria fazer. Achei uma policial que parecia ser um encanto e perguntei:
   - Com licença, estou chegando hoje e queria saber onde me instalar?
   Ela olhou pra mim com imenso desprezo e com uma voz como se não ligasse respondeu:
   - Procure a sessão de alojamentos, não posso te ajudar.
    Eu sai pedindo informação pra saber onde era tão sessão – aquela escola parecia muito maior vista de dentro – e quando finalmente achei o responsável, ele me levou ao meu quarto. Subimos, subimos, subimos e chegamos. Me entregaram a chave e me deixaram la sozinha.

Eu abri a porta e estava uma zona o quarto. Tinha duas camas, mas todas as duas estavam ocupadas. Peguei minhas coisas e desci as escadas pra dizer que tinham me colocado no quarto errado.
   - As camas estão ocupadas. Acho que vocês me colocaram no quarto errado.
   - Seu nome, por favor.
   - Elizabeth Pereira Silva.
   Depois de consultar a lista novamente, ela disse:
   - Não senhorita, esta certo. Quarto 112.
Sem entender subi de novo, abri a porta e deixei as minhas coisas num cantinho. O mais engraçado é que em cima de uma das camas parecia ter coisas masculinas. Mas eu não fiz nada, desci para o pátio e fiquei esperando pelas instruções de alguém... eu estava completamente perdida.
A aula foi boa, mas achei tudo muito estranho. Meninos não podiam ficar com conversa com as meninas, e as coisas eram totalmente diferentes das demais escolas.
   Quando voltei ao dormitório e abro a porta vejo um casal de namorados se beijando na cama. Era inadmissível aquilo na escola, e quando eles me viram, levaram um susto.
   - Quem é você? – a menina me perguntou e eu percebi seu tom de autoridade.
   - Eu vou ficar nesse quarto, com algum de vocês.
   Eles riram e ele disse:
   - Não, você vai ficar no meu quarto, no meu lugar.
   - Não, eu vou ficar aqui. Aqui que eu tenho que ficar.
Eu não sabia, mas acho que era um pouco obvio que alguém passasse vistoriando os quartos.
    Eles riram mais uma vez, e com um jeito estranho, a menina levantou, me puxou pelo braço e me sentou ao lado dela na cama e com uma voz claramente fingida disse:
   - Meu bem, nessa escola você deve ter as amizades certas pra não se meter em problemas. Eu, com certeza, sou uma amizade certa. Posso estragar ou encantar sua vida aqui nessa escola. Então, para o seu bem, você vai pro dormitório do Paulo. Você vem pra cá as sete da tarde e depois da fiscalização você volta pro quarto dele.

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