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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Cidadão de Papelão

To sentindo uma coisa muito boa dentro de mim, acredito que seja FELICIDADE. Satisfação por ter feito algo que acredito ser não um gesto nobre, mas uma quase obrigação.
Todos os dias vou para escola de bicicleta e fico alguns minutos esperando meu namorado sentada na calçada. Por ser 6:30 da manhã, dificilmente, passa alguém. Mas, tem uma pessoa que passa por lá todos os dias, um catador de papelão, uma pessoa como todos nós, mas que muitas vezes parece invisivel. Uma noite dessas estava ouvindo 'o teatro mágico' e a música cidadão de papelão me tocou fundo, comecei então a refletir sobre essas pessoas tão excluidas da sociedade e tratadas muitas vezes como animais. Na manhã seguinte, vi o senhor passando com o seu carrinho e catando papelão, no lixo... Senti algo muito forte em meu coração, e senti a necessidade de olhar para aquela pessoa e dizer: "- BOM DIA!" e foi isso que fiz, com um sorriso no rosto. Naquele momento vi brotar do rosto daquele homem, que me parecia tão sofrido, um sorriso, sorriso sincero, que poucas vezes vi parecido em minha vida. A satisfação foi imensa, e me fez pensar nos pequenos gestos que podemos fazer, mas que muitas vezes deixamos passar desapercebido.
Um sorriso daquele homem me valeu como um troféu. Agora, todos os dias que passo digo um "Bom dia" e parece que o dia que fica melhor é o meu. Não sei se para ele fez alguma diferença, mas para mim fez.

4 comentários:

  1. Também quero um desses "bom dia". Sempre é bom dizer e ouvir... mas o melhor é aquele que falamos ou ouvimos olhando nos olhos.

    Bom Dia Thamiris!
    ... realmente prefiro aquele em que olhamos nos olhos das pessoas.

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  2. Thamiris, vamos escrever nesse blog... Deixe o comodismo de lado.
    Um abraço

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